sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Era uma vez...

..uma menininha de quatorze anos que sonhava sua vida inteira com o principe encantado, aquele montado no cavalo branco e que subiria na torre pra salva-la da maldição da bruxa malvada, sabe? até que la do alto da torre ela ouvia o cavalgar do cavalo, quando olhou pela janelinha que dava para o extenso jardim que havia alí fora, vinha seu principe com sua armadura e montado no cavalo branco, e via ele brigar, superar obstáculos pra chegar até ela. Ela derramou lágrimas só de pensar que alguém estava mesmo arriscando a própria vida, para mais que salvá-la, pra realizar o sonho que desde pequena a consumia. Era tanta felicidade que ela não sabia se ria ou se chorava, se gritava ou se inquietava, ela só sabia que aquele seria o dia mais feliz da vida dela. Mesmo não tendo visto o rosto dele ela ja estava achando-o o homem mais lindo desse universo. Até que ouviu a porta se abrindo, e seu principe finalmente havia chegado. Nada podia fazê-la mais feliz naquele momento. Ele a pegou no colo e desceu as escadas com ela em seus braços, colocou-a encima do cavalo e cavalgou a noite toda sem dizer uma palavra sequer. Chegou em um lindo jardim onde haviam flores de todos os tipos e cores, a essa altura o sol já estava iluminando a manhã. Tirou delicadamente ela de cima do cavalo e tirou sua armadura mergulhou tão fundo na imensidão daqueles olhos verdes, cada traço do seu rosto parecia desenhado, a pele parecia mais um pêssego, seu cabelo era preto e liso e dançavam com o vento. Naquele momento ela sabia que ele era o amor da sua vida. Sentaram-se na grama e alí conversaram o dia todo. Ao anoitecer deitaram-se entre as lindas flores e ficaram contando estrelas até cairem no sono. Na manhã seguinte o principe, que até agora não havia dito seu nome, levou-a até o castelo de seus pais. Ficaram dias conversando e fazendo juras de amor, até que o dia mais esperado da sua vida havia chegado: o dia do seu casamento! Só o que estava na sua cabeça era poder dizer sim, eu aceito e ouvir uma voz grave ao fundo dizendo: e foram felizes para sempre! Mas esse conto de fadas parecia com o final um pouco modificado. Ela estava no altar SOZINHA. Aonde ele estava? Aonde ele esteve? Aonde ele está agora? Ninguém sabe. Ninguém o viu. Ele simplesmente sumiu, sem dizer adeus. E depois disso ela nunca mais conseguiu acreditar nas promessas de outro homem. Nunca mais conseguiu acreditar no amor.

Esse foi o meu conto de fadas, com o meu final não feliz!

sábado, 21 de agosto de 2010

Quem dera eu!

Eu queria que continuasse me colocando na cama e me contando as histórias das princesas por todo o resto da minha infância, queria que me levasse pra passear pelo quarteirão no banco da frente só pela felicidade de satisfazer o desejo de uma criança. Queria que tivesse visto minha formatura do jardim, o quanto eu adorava escrever meu nome em qualquer lugar que pudesse ser escrito, e também nos que não pudessem. Queria que me levasse ao parquinho e que visse o quanto me fazia feliz. Que me ajudasse a fazer os deverzinhos que ficavam pra casa, mesmo que fossem continhas de soma e subtração. Que me visse crescer e que se orgulhasse de mim. Queria que ficasse rindo de mim na minha formatura da 4ª série que particularmente foi cômica. Que tivesse junto a mim quando minhas notas baixas começassem a chegar e que me ajudasse a recuperá-las. Que me esperasse chegar da minha primeira festinha que tinha ido sozinha. Queria que me visse pôr mais um ponto final em uma das fases da minha vida, que visse meu tão sonhado dia, o dia que deixei o fundamental e o ensino médio estava me esperando com a corda toda. Queria que dançasse minha valsa de 15 anos e me fizesse chorar de felicidade por isso, que me visse amadurecer. Que fizesse cara de mau só pra assustar meu primeiro namorado. Que acompanhasse todas as minhas vitórias, que tivesse orgulho de mim por coisas bobas. Que me aconselhasse sobre meus amores e amigos, meus medos e todos os temores que assombram a vida de uma garota. Que pudesse ver minha MAIS QUE ESPERADA formatura do terceiro ano. Queria que me visse crescendo e aparecendo. Que me esperasse chegar da faculdade só pra perguntar como foi o meu primeiro dia e se eu estava bem. Que conhecesse o amor da minha vida, e o aconselhasse a me fazer feliz e o ameaçasse se não fizesse, brincando claro. Queria que pudesse me levar até o altar e zuar meu futuro marido em plena igreja, que me desse o melhor presente da festa: a sua presença! Queria que fizesse um brinde citando os melhores momentos que passei ao seu lado durante toda a minha vida. E que nessa hora lágrimas rolassem no seu rosto. Queria que fosse o ultimo a me abraçar antes de ir para a minha lua de mel e que me desejasse os mais lindos votos. Que me ligasse todos os dias pra saber se estava bem, se estava viva, se estava feliz. Que esperasse ansioso pela minha volta e que fosse me buscar no aeroporto e me abraçasse como se tivesse ficado anos sem me ver. Queria que fosse o primeiro a saber que seria bisavô, e que fosse o homem mais feliz dessa terra, até mais do que o próprio pai hahaha. Queria que acompanhasse minha gravidez. Que desse o primeiro sapatinho. Que me levasse até a maternidade e que estivesse comigo a todo o momento. Que pegasse meu filho no colo e que tivesse feliz em vê-lo sair da maternidade com o mesmo macacãozinho que tinha me dado quando nasci. Queria que o visse crescer e cuidar dele como sempre cuidou de mim. Queria que tudo isso fosse real. Queria que tudo tivesse acontecido.

Vô, esteja aonde estiver, com quem você estiver, nunca, nunca, nunca se esqueça de que vai ter um ser humano que te ama mais do que a própria vida. Eu te amo com todas as minhas forças!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010



Compulsando todas aquelas perfeitas cores do céu, aquele sol que acabara de nascer, aquele calor penetrando minuciosamente em minha tez, aquela luz tão forte que parecia uma redenção do sol. Queria que aquele momento perdurace eternamente, que não houvesse lacunas, nada podia fitar meus olhos em outra coisa naquele momento. Queria ser assim como o sol! INTACTO. Tendo essa luz desmedida queria a toda hora precipitar a manhã pra reviver esse sonho outra vez, naqueles tardígrados minutos ainda estava profundamente anestesiada, uma sensação que em todos os momentos eu gostaria de sentir. Aquela luz que ameniza as mais terríveis dores, interrompe os piores pesadelos, cambaleia pessoas sans. Aquela luz inconfundível do intocado sol!